segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Expansão dos fundos oceânicos

            Antes do século XIX a profundidade dos oceanos era desconhecida, e a maioria das pessoas pensavam que o fundo oceânico era relativamente liso e sem quaisquer aspectos relevantes.
          O magma quando choca com a água, que se encontra a uma temperatura muito baixa relativamente à temperatura do magma, solidifica criando assim nova Crusta Oceânica.
Fig.1: Amostra de sedimentos do lado Oeste da Dorsal

Fig.2: Amostra de sedimentos do lado Este da Dorsal

             A expansão dos fundos oceânicos era apoiado por vários tipos de observações:
- Nas cristas ou nas suas proximidades, as rochas são muito jovens, tornando-se mais antigas à medida que nos afastamos delas;
- As rochas mais jovens presentes nas cristas apresentam sempre a polaridade actual e as rochas paralelas às cristas apresentavam alternância de polaridade magnética sugerindo que o campo magnético da Terra tem sofrido muitas inversões ao longo do tempo.

          Assim, podemos afirmar que as bacias oceânicas estavam permanentemente a ser "recicladas", com a criação de nova crusta e a destruição de antiga crusta oceânica a ocorrerem simultaneamente.
Fig.1: Ascensão do magma a partir de uma zona de Rífte, o que levará à expansão dos fundos oceânicos.

sábado, 29 de outubro de 2011

Paleomagnetismo

                  Paleomagnetismo é o estudo do campo magnético das rochas que avalia as mudanças do campo magnético terrestre, em épocas remotas, e a movimentação dos continentes no tempo geológico.
                                   
              O paleomagnetismo mostrou que algumas rochas registavam o campo magnético terrestre na altura da sua formação, podendo conservá-lo durante muitos milhões de anos e mostrou também que muitas dessas rochas apresentavam o registo de um campo magnético com polaridade diferente da actual, demonstrando que o campo magnético terrestre tinha sofrido inversões na sua polaridade, ou seja inversão magnética.
             
              A inversão magnética consiste em, os pólos magnéticos mudam as suas posições, ficando o pólo norte magnético próximo do pólo sul geográfico (a polaridade é inversa) e actualmente, o pólo norte magnético está próximo do pólo norte geográfico (a polaridade é normal). 


Fig1: Inversão magnética terrestre

 

Exemplo nos Fundos Oceânicos:
·        Polaridade Normal e Polaridade Inversa
      Fig2: Evolução temporal da polaridade magnética nos fundos oceânicos


    Os Cientistas investigaram e juntaram a hipótese da expansão dos fundos oceânicos com os estudos do paleomagnetismo e concluíram que o crescimento do fundo oceânico se fazia através dos riftes, devido ao material magmático proveniente do interior da Terra. O magma ao solidificar, magnetiza-se em função do campo magnético existente na altura. Esta expulsão de magma é seguida por outras que se vão afastando para um e outro lado dos riftes, consolidando e magnetizando-se de acordo com o campo magnético existente na altura.

     Fonte:
ocA ocorrência de uma alternância de rochas com polaridade normal e inversa, dispostas simetricamente em relação ao rifte, é a prova mais consistente da expansão dos fundos oceânicos.
           -http://wikiciencias.casadasciencias.org/index.php/Paleomagnetismo

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A convecção no manto terrestre e o movimento das placas litosféricas

             Numa aula prática de Geologia 12ºano, decidimos elaborar 3 modelos práticos acerca dos movimentos no interior da terra.
           Desses 3 modelos obtivemos os videos abaixo:

Video 1-Ascenção de magma num Ponto Quente

            Com o calor do núcleo, o material envolvente funde-se formando um fluido, que ao aquecer vai ascender. Em contacto com a litosfera,  esse fluido vai formando uma deformação na crusta litosférica, e quando  a tensão exercida pelo fluido não e suportada pela litosfera, esta entra em ruptura e ocorre uma erupção.

Video 2-Correntes de Convecção

             Com o aumento da temperatura, a densidade do fluido (neste caso pedaços de papel) vai diminuir, provocando a sua ascenção. Com esta ascenção a temperatura do fluido vai diminuir, aumentando a densidade, o que o faz descer. Este movimento continuo provoca um fluxo de calor do interior para a superficie da terra, originando as correntes de convecção.

Video 3-Plumas Térmicas
              
            As plumas térmicas(a azul) ocorrem quando a matéria fundida se eleva segundo uma coluna ascendente, traduzindo-se na superfície da litosfera por fenómenos vulcânicos.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Fragmentação Continental

Alfred Lothar Wegener, defendia a ideia de que todos os continentes formaram um dia um único super continente, designado Pangeia (do latim Pan= toda e Geos= terra, toda a Terra). Há cerca de 200 milhões de anos esta grande massa continental iniciou sua ruptura e formaram-se continentes, estes ao longo dos anos separaram-se, até chegarem à posição em que hoje se encontram.



A ideia de continentes em movimento surgiu pela primeira vez no ano de 1910, ao observar um globo terrestre e notar a concordância entre as costas atlânticas sul-americana e africana. Duas peças que se encaixam como num quebra-cabeça, assim como os fosseis eram semelhantes nos locais onde se encaixavam.


Video baseado na movimentação dos Continentes-http://www.youtube.com/watch?v=JivanQc-jSk



Em defesa de suas ideias, Wegener, argumenta que a teoria das pontes intercontinentais, decorrente da Teoria de uma Terra em contracção, poderia explicar as semelhanças paleontológicas entre diversos continentes hoje separados, mas falhava em explicar cadeias montanhosas como os Alpes, onde grandes falhas se encarregaram de acumulam numa faixa estrita de algumas dezenas de quilómetros.
Por outro lado a teoria da Terra em contracção e a teoria das pontes em colapso, entravam em conflito com fatos bem fundamentados da Teoria da Isostasia,( conhecida desde 1855 e segundo a qual os continentes menos densos estendem sobre um substrato mais denso, e que seria impossível uma ponte continental entrar em colapso pelo afundamento neste substrato mais denso).


 Deriva continental:(teoria)-http://www.youtube.com/watch?v=GsnUGzzpK7k&feature=related  

  Após todas estas teorias, foram efectuados estudos:
 Constatou-se que as cadeias meso-oceânicas ocorriam de forma contínua em todos os oceanos e que eram focos permanente de terremotos superficiais.
 Descobriu-se que as rochas do fundo oceânico ocorriam em faixas com polaridade magnética invertida, a demonstrar que no decorrer do tempo os polos sofriam mudança de polaridade.

                       http://geografianocotidian.blogspot.com/2011/04/deriva-continental.html<!--[endif]-->


Fonte:
http://www.dicionario.pro.br/dicionario/index.php/Alfred_Wegener 
O maior vulcão do sistema solar

Marte, o corpo celeste que todos conhecemos como o planeta vermelho possui o maior vulcão existente no nosso sistema solar. Este vulcão determina o ponto mais alto em Marte enquanto que o ponto mais baixo foi criado pelo impacto de um asteróide que criou a conhecida “Hellas Impact Crater”. Em comparação com a Terra, embora esta seja muito maior que Marte, a altura e a profundidade deste tipo de acontecimentos é muito maior no planeta vermelho.




Esa                
             Neste mapa é-nos possível visualizar os pontos mais altos e mais baixos de Marte com o auxílio da seguinte escala:


  Podemos verificar então que o ponto mais alto, assinalado com a letra A é o vulcão Olympus, que no seu pico tem uma altitude de 21,229m acima do “areal” de Marte, uma referência similar ao nível médio das águas do mar na Terra.
  O ponto mais baixo está localizado na cratera de impacto de um asteróide, assinalado com a letra B que tem uma profundidade máxima de 8,200m.


Mais acerca do vulcão Olympus
  Foi descoberto pela sonda espacial Mariner 9 da NASA em 1971 em Marte, apesar de já ser conhecido pelos astrónomos desde o séc. XIX, o Monte Olimpo é o maior vulcão do sistema solar, estando localizado no planalto de Tharsis, ergue-se a 21 km sobre a superfície marciana, apresenta uma base de 600 km e uma caldeira de 80 km por 60 km e 3 km de profundidade, o tamanho extraordinário do Monte Olimpo é certamente devido ao facto de Marte não ter placas tectónicas e lava acumulada no hot spot.
  Em 2004 a sonda espacial Mars Express fotografou os flancos do Monte Olimpo, descobrindo assim correntes de lava ainda muito jovens, com aproximadamente 2 milhões de anos, o que leva a crer que o vulcão ainda pode continuar activo. Os cientistas acreditam que é coberto por camadas impermeáveis de sedimentos argilosos, contendo bolsas de água que devido ao calor permanecem no estado líquido.
   O seu primeiro nome era Nix Olímpiadas, atribuído pelo astrónomo italiano Giovanni Schiaparelli.
               Este vulcão apresenta uma ligeira inclinação, tal como os vulcões que constituem as ilhas havaianas.          
            Assim, caso algum ser humano tenta-se escalar o “Monte Olympus” não teria grande dificuldade, visto que a inclinação é muito pequena. Pelo contrário, a sua enorme altura, é motivo mais que suficiente para ninguém o subir!




 Alguns Astrogeologistas defendem que as placas tectónicas de Marte estão inativadas. O “Monte Olympus” pensa-se estar localizado sobre um hotspot, num estado estacionário. Essa natureza estacionária da placa, que manteve sempre o Olympus no mesmo local, é o que permite a existência de repetidas erupções, que foram construindo este enorme vulcão.